Criar uma Loja Virtual Grátis
 Loja Maçônica Arca da Aliança Nº 172 GLEB

1. Trabalhos dos Aprendizes

 

À GL.’. DO GR.’. ARQ.’. DO UNIV.’.

LOJA SIMBÓLICA ARCA DA ALIANÇA Nº 172 – OR.: SSA.: 

 

 

A quarta instrução se apresenta como a mais complexa até agora, eis que seu objetivo afigura-se mostrar-nos como os ensinamentos recebidos até hoje se interpenetram, formando um sistema ordenado e coeso no qual as lições recebidas no grau de Aprendiz serão recorrentemente utilizadas como fundamento da atuação dos Iir.’. dos demais graus.                       

Inicia a instrução reafirmando a estrutura moral e o conteúdo ético da Maçonaria, cujas regras são a busca da Verdade como princípio e a atuação segundo os parâmetros inconscientes de Verdade e Justiça, que são chamados de Lei Natural e Lei Moral. A aplicação da Lei Natural é preconizada como instrumento de elevação do Maçon e da sociedade a um patamar de elevação moral que, levaria à solução de todos os conflitos sociais, inaugurando uma “Era Dourada” da civilização humana. É  esse o conteúdo do ensinamento, já visto na terceira instrução, que diz respeito à Igualdade, Fraternidade e Caridade como sementes das quais a Virtude, a Sociabilidade, o Progresso e, enfim, a Felicidade devem ser os frutos.

Do plano geral a instrução passa para o particular, avaliando o comportamento a que o Maçon se obriga, que deve ser tendente a materializar o mais fielmente possível a doutrina ética maçônica, conforme a Lei Natural e a Lei Moral já referidas. Todos os princípios particulares ali mencionados são desdobramentos necessários das normas éticas gerais já estudadas, que segundo a doutrina e a tradição judaico-cristã cada qual traz em seu íntimo, é o discernimento do Bem e do Mal.

Em seguida, a instrução nos fala de como nós que estamos no seio desse organismo social podemos reconhecer nossos semelhantes no culto comum - por sinais, toques e palavras. Associa o ensinamento às lições recebidas na segunda instrução, pertinente às jóias móveis. A explanação do conteúdo simbólico do Sinal, que é a devoção aos princípios maçônicos de retidão e, em especial, o do segredo, com uma determinação extrema cujo limite é o do martírio, representado analogicamente pela mutilação de órgão da fala (a garganta e as cordas vocais), tão radical que seu efeito é a morte.

Passa-se à instrução das “senhas” pelas quais o Maçon reconhece um Irmão, que podem ser sinais, toques e palavras. Mister reparar que o ensinamento é sempre reprisado, demonstrando que o método pedagógico utilizado, se bem que antigo, é o mais eficaz de que se tem notícia: a observação e a repetição. Traduz também a importância que se dá para a correção dos símbolos, como forma de perpetuar uma tradição eminentemente oral, cujo comportamento deve ser imitado fiel e constantemente de forma a incuti-lo em nossos corações. Assim, nós nos tornamos aptos e manter e transmitir a tradição tal qual os antigos o faziam, quando chegar nossa hora de ensiná-la.                        

Importante distinguir que, para nosso grau, há um conteúdo simbólico ligado ao próprio aprendizado, em que devemos externar, por meio de representações também simbólicas, nossa condição de neófitos. Assim é com a Palavra, que devemos apenas soletrar, em vista de nossa idade convencionada, que é de t.’. aa.’..

A palavra sagrada é B-O-A-Z, que significa “força” e “apoio”. Boaz era também o nome simbólico dado à uma das duas colunas principais do Templo de Salomão.                       

As Colunas são de bronze, para melhor resistirem ao dilúvio e às intempéries; são ocas, para que sejam nelas guardados os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos; e são super-dimensionadas para representar que a Sabedoria e o Poder do G.’. A.’. D.’. U.’. estão além das dimensões e dos julgamentos humanos.                        

Sobre cada uma das colunas está disposta uma romã, são emblemas que coroam as colunas “J” e “B” dos Templos e cujos grãos simbolizam a prosperidade e solidariedade da família maçônica.

Temos, então, mais esclarecimentos acerca da finalidade da Maçonaria: é a de unir solidariamente homens de bons costumes, a fim de que, juntos, possam amparar-se e instruir-se mutuamente, ou seja, saírem das trevas e conhecer a Luz. Por isso é importante o fato que obrigatoriamente fomos trazidos ao seio maçônico por um amigo, que se torna um Ir.’. pela comunhão no culto, no sentido moral e não religioso.                       

Essa Fraternidade é universal e compreende todos os Maçons pertencentes a Lojas regulares. Lojas não são apenas os Templos nos quais os Maçons se encontram, mas a comunidade organizada segundo as exigências maçônicas, que tem um Templo como sede e constitui, cada qual, uma célula desse organismo universal.            

Cada Maçon deve estar filiado a uma Loja dita “regular”, isto é, praticante rigorosa dos ensinamentos maçônicos e sob a responsabilidade de uma Potência Maçônica regular e reconhecida que a oriente.

Diz-se que a Loja regular é justa e perfeita quando três a governem, cinco a componham e sete a completem. Os três que a governam são o Veneravel Mestre e os Primeiro e Segundo Vigilantes; a exigência de cinco que a componham está ligada aos cargos da Loja  - Orador e Secretário. Os sete que a completem constituem exigência ligada mais uma vez a tradição bíblica muito difundida, encontrada no Livro de Provérbios, 9: 1: “A Sabedoria edificou sua casa, talhou sete colunas.”. São os ditos Sete Pilares da Sabedoria, a que os Maçons reunidos em Loja representam. 

A entrada no Templo obedece a um ritual de proteção e segredo, que são as três pancadas, significando “Batei e sereis atendidos”; “Pedi e recebereis”; “Procurai e encontrareis”.

A Instrução usa da entrada no Templo para, mais uma vez, reportar-se à Iniciação, que é a primeira entrada de um Maçon em Loja. Vendado, será colocado entre Colunas, aguardando para ser conduzido às três viagens. Três são as viagens simbólicas; três são os centros onde primitivamente foram cultivadas as ciências (Pérsia, Fenícia e Egito); a própria idade do Apr é de três anos, pois na Antiguidade esse era o tempo previsto para sua preparação. Três também são os passos da marcha do grau, formando cada um e a cada junção dos calcanhares um ângulo reto, que significa a retidão para um real aprendizado na ciência e na virtude. Três ainda são as jóias - fixas e móveis, as Grandes Luzes Emblemáticas e mesmo os graus maçônicos principais.

As viagens simbólicas, que já foram estudadas na Terceira Instrução, que fala da necessidade de passarmos por veredas tortuosas, pela água sem  nos afogarmos e  pelo  fogo  sem  nos   queimarmos.

Só assim estaremos aptos a sair das trevas e ver a Luz. Em seguida, purificado o neófito pelos elementos, seu comportamento de ajoelhar-se perante o Livro da Lei, apondo sobre ele a mão direita, simboliza a submissão aceita pelo Maçon aos princípios da Lei e da Ordem, com respeito e humildade perante os Regulamentos e normas de cunho formal e moral que regem a instituição.

Na mão esquerda está o Compasso, aberto, que figura a dualidade por suas hastes, e a união por sua junção. É um dos grandes símbolos da Maçonaria, comumente colocado sobre o Altar dos Juramentos enlaçado com o Esquadro, sobre o Livro da Lei (as Três Grandes Luzes Emblemáticas).

Na Iniciação, o Aprendiz segura o Compasso com as pontas sobre o peito, representando  o dever do Maçon de submeter suas paixões profanas aos ideais maçônicos. Esse esforço - de conter as paixões, reprimir os vícios e estimular as virtudes - consiste alegoricamente no trabalho de desbastar a Pedra Bruta, que figura, por simbologia, o Aprendiz. Esse trabalho, simbolicamente, começa em Loja sempre ao meio-dia, segundo a tradição de Zoroastro, que pretendia que seus discípulos iniciassem suas atividades nessa hora para que se aproveitassem do sol irradiando o máximo de luz, e também para que, reduzidas as sombras ao mínimo, o homem de pé, completamente iluminado, não pudesse fazer sombra a ninguém.

Por fim, trata a Instrução do significado da indumentária do neófito na Iniciação. Além dos significados tradicionais, há o significado simbólico: o neófito deve estar vendado e descalço, e não deve estar nu nem vestido. Sua venda está pela cegueira induzida ao neófito pelo mundo profano, da qual ele deseja se afastar ingressando na Maçonaria. O pé direito descalço é um sinal de respeito, e o braço direito e peito esquerdo desnudos, além dos significados vistos na Terceira Instrução, são uma alegoria da consagração à causa maçônica, à qual ofertávamos nossas forças (o braço) e nosso devotamento (o coração).

            

Salvador, 14 de março de 2017.

Alfredo Moraes Neto.’.

Apr.’. M.’.

 

 

 

Criar uma Loja online Grátis  -  Criar um Site Grátis Fantástico  -  Criar uma Loja Virtual Grátis  -  Criar um Site Grátis Profissional